segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

ALADI - Associação Lavrense de Apoio ao Diminuído Intelectual


A ALADI é fruto da necessidade de pais que se viram confrontados com a enorme dificuldade de lidar com filhos portadores de deficiência.
Há 21 anos, uniram-se as vontades do pároco, dos responsáveis políticos e da comunidade de Lavra em volta deste projecto. Desta união surgiu o primeiro edifício, construído em terreno da Junta de Freguesia, que posteriormente foi ampliado.
Actualmente, a ALADI acolhe 32 utentes em regime de lar residencial e 60 em Centro de Actividades Ocupacionais.

Paulo Pinto é sócio da instituição há oito anos. Este ano, quando convidado a integrar a nova direcção da ALADI, aceitou de imediato. Fê-lo por acreditar que “todos temos a responsabilidade moral de apoiar os que, pelas circunstâncias da vida, não tiveram ou não têm as mesmas possibilidades que nós”.

A ALADI tem por objectivo primordial contribuir para o bem-estar físico, emocional e social dos seus utentes, mas também dar apoio às famílias com dificuldades em cuidar dos seus familiares deficientes. Para cumprir estes objectivos, a instituição lavrense promove um conjunto de actividades como a olaria, a culinária, a natação e a hipoterapia, entre outras.

A direcção da ALADI conta com a ajuda de 60 funcionários para levar a cabo o novo programa de acção da associação. Paulo Pinto esclarece que, devido à incapacidade dos utentes e à especificidade do trabalho desenvolvido, “o rácio entre os utentes e funcionários é, aproximadamente, de um para um”.

A associação pode ainda contar com o apoio e a ajuda de amigos e de entidades públicas e privadas. Apesar de os utentes pagarem uma mensalidade, de acordo com os rendimentos familiares, a Segurança Social comparticipa nos encargos.

Face às avultadas despesas, a direcção procura promover um conjunto diversificado de actividades para angariação de fundos.

Até ao dia 21 de Dezembro, decorrerá uma venda de Natal que, segundo o membro da ALADI, “está aberta a acolher todos aqueles que queiram ajudar”.

Paulo Pinto diz que, apesar de pertencer há muitos anos à instituição, só recentemente teve verdadeira consciência das limitações dos utentes. O professor voluntário confessa que ver os rostos e os olhares dos utentes o levaram à comoção. “É por todos eles que quero continuar”, desabafa.

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