terça-feira, 2 de dezembro de 2008
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Voluntariado: “Sinto-me fruto dessas experiências”
O professor do Colégio do Rosário, no Porto, encontra-se, desde a sua juventude, ligado ao voluntariado e, actualmente, integra a direcção da ALADI - Associação Lavrense de Apoio ao Diminuído Intelectual.
Das muitas experiências de voluntariado que viveu, foram vários os que puderam contar com a sua ajuda, desde crianças, sem-abrigo a pessoas com deficiências. Como pessoa, Paulo sente-se “fruto dessas experiências” e admite que “seria hipócrita se dissesse que não ganho com as pessoas que ajudo”.
Ao estar envolvido em projectos de ajuda, Paulo ganha alegria e satisfação, sobretudo na partilha com os que mais precisam. Os sentimentos que invadem o voluntário nem sempre são positivos, muitas vezes sente-se triste e impotente. Lamenta nem sempre conseguir fazer mais e melhor pelas pessoas que nele vêm uma esperança.
É com nostalgia que recorda a visita que fez ao Brasil. No Verão de 2000, Paulo e a esposa Cláudia partiram em missão com um grupo de portugueses. Ambos abraçaram o projecto de acompanhar os sem-abrigo da cidade de S. Paulo.
O professor lembra-se particularmente de, em conjunto com o seu grupo de voluntários, ir com um carrinho de mão à feira da cidade, para recolher alimentos. No início, o grupo sentia receio da reacção das pessoas, mas, com o passar dos dias, perdeu a vergonha e descobriu ajuda em muitos imigrantes portugueses.
Com grandes sacos do lixo, recolhiam os donativos e muitas vezes tentavam aproveitar frutos e legumes que, por estarem muito maduros, eram deitados ao lixo. Apesar do esforço diário que faziam, Paulo sabia que, se não conseguissem nada, “o almoço do dia seguinte estaria comprometido”. Com o contributo dos voluntários, era preparada uma simples refeição.
Paulo ficou, particularmente, impressionado ao descobrir que aquela pequena refeição era o único alimento diário de centenas de pessoas.
É com bastante esforço que o professor consegue conciliar a vida profissional com o voluntariado. Ele confessa que “os afazeres profissionais não deixam tempo necessário para realizar tudo o que gostaria”. Mesmo assim, o membro da ALADI diz que, enquanto se sentir útil às pessoas, irá desempenhar o seu papel social com responsabilidade e carinho.
ALADI - Associação Lavrense de Apoio ao Diminuído Intelectual
Há 21 anos, uniram-se as vontades do pároco, dos responsáveis políticos e da comunidade de Lavra em volta deste projecto. Desta união surgiu o primeiro edifício, construído em terreno da Junta de Freguesia, que posteriormente foi ampliado.
Actualmente, a ALADI acolhe 32 utentes em regime de lar residencial e 60 em Centro de Actividades Ocupacionais.
Paulo Pinto é sócio da instituição há oito anos. Este ano, quando convidado a integrar a nova direcção da ALADI, aceitou de imediato. Fê-lo por acreditar que “todos temos a responsabilidade moral de apoiar os que, pelas circunstâncias da vida, não tiveram ou não têm as mesmas possibilidades que nós”.
A ALADI tem por objectivo primordial contribuir para o bem-estar físico, emocional e social dos seus utentes, mas também dar apoio às famílias com dificuldades em cuidar dos seus familiares deficientes. Para cumprir estes objectivos, a instituição lavrense promove um conjunto de actividades como a olaria, a culinária, a natação e a hipoterapia, entre outras.
A direcção da ALADI conta com a ajuda de 60 funcionários para levar a cabo o novo programa de acção da associação. Paulo Pinto esclarece que, devido à incapacidade dos utentes e à especificidade do trabalho desenvolvido, “o rácio entre os utentes e funcionários é, aproximadamente, de um para um”.
A associação pode ainda contar com o apoio e a ajuda de amigos e de entidades públicas e privadas. Apesar de os utentes pagarem uma mensalidade, de acordo com os rendimentos familiares, a Segurança Social comparticipa nos encargos.
Face às avultadas despesas, a direcção procura promover um conjunto diversificado de actividades para angariação de fundos.
Até ao dia 21 de Dezembro, decorrerá uma venda de Natal que, segundo o membro da ALADI, “está aberta a acolher todos aqueles que queiram ajudar”.
Paulo Pinto diz que, apesar de pertencer há muitos anos à instituição, só recentemente teve verdadeira consciência das limitações dos utentes. O professor voluntário confessa que ver os rostos e os olhares dos utentes o levaram à comoção. “É por todos eles que quero continuar”, desabafa.
Programa da ALADI
- Melhorar o apoio aos utentes;
- Criar uma sala de relaxamento;
- Instalar um sistema de incêndios;
- Incrementar a formação profissional;
- Certificar os serviços;
- Alargamento do lar (aumentar a capacidade de 32 para 60);
- Apostar na eficiência energética;
- Construir uma piscina de água salgada;
- Apostar na solidez financeira;
- Promover a associação através de um site.
sexta-feira, 23 de maio de 2008
Ciberjornalismo
- multimedialidade;
- interactividade (entre os jornalistas e o público);
- hipertextualidade (utilização de links que remetem para outros artigos, sons, imagens, etc.);
- acesso on-demand;
- controlo por parte do utilizador;
- personalização de conteúdos;
- actualização noticiosa instantânea e continua (altera-se o conceito tradicional de “dead line” para que haja uma actualização de segundo a segundo);
- acesso global à informação;
- narrativa hipermedia (integração de vídeo, som e gráficos no sistema de armazenamento e manipulação dos conteúdos informativos);
- armazenamento da informação em bases de dados;
- reportagem instantânea.
quarta-feira, 14 de maio de 2008
JAC – Jornalismo Assistido por Computador
As novas tecnologias, das quais se destaca o computador, foram e são responsáveis por inovações e alterações na prática jornalística, quer na recolha de informação, quer no tratamento e difusão das notícias.
As novas tecnologias aplicadas ao jornalismo deram origem à noção de CAJ - Computer Assisted Journalism, que em português se designa de JAC – Jornalismo Assistido por Computador.
- aceder a fontes de informação de locais remotos
- publicar informações que poderão estar disponíveis à escala global
- actualizar constantemente a informação
- contextualizar informações obtidas de fontes directas e próximas
- receber notícias directamente das agências noticiosas
- pesquisar variadíssimas informações disponíveis on-line
- cativar a atenção do leitor, promovendo uma maior interactividade entre este e os media
Segundo Hélder Bastos (jornalista e docente da Faculdade de Letras da Universidade do Porto) “(…) podemos situar a Internet como uma componente essencial do jornalismo assistido por computador, o qual engloba (…) a pesquisa online” e utilizar a rede “como instrumento privilegiado de contacto com as fontes e de pesquisa de conteúdos(…)”.
A Internet criou um novo tipo de jornalismo (jornalismo online) e uma linguagem própria, baseada no hipertexto. Este meio de comunicação permite a difusão de notícias que recorrem com mais frequência aos diferentes elementos multimédia.
O Jornalismo Assistido por Computador aliado à Internet tem em relação ao jornalismo tradicional as seguintes vantagens:
- Instantaneidade (na produção e divulgação noticiosa)
- Interactividade (entre o público e os media)
- Atractividade
- Produção mais barata
O Jornalismo Assistido por Computador resulta da veemente relação entre o “fazer jornalismo” e as várias tecnologias digitais, sobretudo o computador pessoal e a Internet, sendo bastante promissor para o desenvolvimento do jornalismo na actualidade.
Para saber mais sobre JAC – Jornalismo Assistido por Computador consulte os seguintes links:
http://www.labcom.ubi.pt/jac/
http://www.fcsh.unl.pt/cadeiras/ciberjornalismo/aula7.htm
http://www.fnpj.org.br/grupos.php?det=8 http://www.poynter.org/dg.lts/id.5435/content.content_view.htm
domingo, 11 de maio de 2008
quinta-feira, 24 de abril de 2008
O que é o Twitter?
À semelhança dos blogs, o Twitter (criado em 2006 pela Obvious Corp) alterou por completo a dinâmica da Internet. Mas a sua estratégia de comunicação é bastante mais simples e imediata que a dos blogs. Essa estratégia foi fundamental para o aparecimento de uma comunidade online e de grupos de amigos (que até então eram desconhecidos), que têm vindo a aumentar exponencialmente.
- Expresso: http://twitter.com/ExpressoOnline
- Público: http://twitter.com/publico
Pessoas:
- Carlos Araújo Alves: http://twitter.com/Ideias_Soltas
- Ricardo Bernardo: http://twitter.com/zone41
- Catarina Campos: http://twitter.com/catmagellan
- Rui Costa: http://twitter.com/ruijscosta
- Alcides Fonseca: http://twitter.com/alcides
- António Granado: http://twitter.com/agranado
- Karlmacx: http://twitter.com/karlmacx
- Ana Lutetia: http://twitter.com/analutetia
- Bruno Pacheco: http://twitter.com/pubaddict
- Mário Pires: http://twitter.com/Retorta
quinta-feira, 10 de abril de 2008
Web 2.0
O’Reilly Media torna-se o principal responsável pelo aparecimento do termo Web 2.0, que a Internet coloca à disposição dos seus utilizadores através de um conjunto de serviços que enfatizam a participação dos internautas na colaboração e partilha de informação.
A Web 2.0 coloca à disposição dos internautas serviços / ferramentas como:
- GoogleDocso
- Mashups
- Wikis
- Blogs
Para Tim O’Reilly tais serviços têm por objectivo:
- tornar a World Wide Web numa plataforma de trabalho;
- fortalecer a inteligência colectiva;
- promover a gestão das bases de dados como competências básicas;
- contribuir para fim do ciclo das actualizações de software ;
- promover a união entre os modelos de programação e a busca de;
- simplicidade;
- não limitar o software a um só dispositivo;
- contribuir para o enriquecimento das experiências dos internautas
Os utilizadores da web terão assim à sua disposição um ambiente on-line mais dinâmico, no qual poderão organizar os conteúdos de forma activa, deixando de ser meros receptores. Actualmente já muitos sites utilizam as ferramentas disponibilizadas pela Web 2.0.
A polémica gerada em volta do conceito Web 2.0 leva muitos autores do meio a questionarem-se sobre o termo. Segundo Cristobal Cobo Romaní e Hugo Kuklinski, autores do livro Planeta Web 2.0, a virtude da noção utilizada prende-se com a sua capacidade de descrever com precisão e síntese um tipo de tecnologia e os produtos que dela derivam.
Foi, sobretudo, com o aparecimento dos blogs e da Wikipedia que a web sofreu as primeiras grandes alterações, as quais geraram bases para uma escrita colaborativa
O formato inicial da web era bastante limitativo, no que concerne à troca de informações, uma vez que o espaço de publicação de conteúdos era reduzido, sem que pudesse existir uma participação aberta e principalmente gratuita por parte do internauta. A nova web surgiu em parte para colmatar as dificuldades de publicação de conteúdos. Assim sendo, esta poderá tornar-se, a médio ou até mesmo a curto prazo, uma plataforma onde se podem alojar e actualizar com frequência vários conteúdos, como por exemplo softwares gratuitos e legais. Estes conteúdos disponibilizados podem passar a existir na web em vez de se encontrarem no computador do utilizador.
O conceito Web 2.0 gira em torno de vários termos entre os quais se pode destacar o de “inteligência colectiva”. A nova web revoluciona desta forma a participação dos internautas na Internet, que passam a colaborar activamente na publicação de conteúdos on-line. Para Tim O’Reilly as plataformas da web que funcionam com base no termo “inteligência colectiva”, como é o caso da wikipedia, são “uma experiência radical de confiança”, uma vez que qualquer utilizador pode publicar definições ou informações e qualquer outro utilizador pode corrigi-lo. Nesse processo a comunidade de internautas tem um importante papel, na medida em que cabe à comunidade determinar os conteúdos com relevância. A web passa a promover a expansão do saber, através do intercâmbio de experiencias dos seus utilizadores.
Este princípio da web 2.0 levanta ainda um conjunto de questões sobre a segurança e a credibilidade das informações, visto não existirem filtros nas entradas dos conteúdos.
A Web 2.0, com todas as transformações que introduziu na Interne, é responsável pelo enriquecimento das experiências dos internautas. Os conteúdos deixaram de ser meramente textuais e estáticos, passando a ser interactivos, dinâmicos e com uma componente bastante participativa. A alteração na apresentação de conteúdos on-line permitiu a criação de interfaces mais atractivos, de fácil criação e produção que podem ser facilmente personalizados, como é o caso dos blogs, e que se tornaram rapidamente populares.
Os autores do livro Planeta Web 2.0 consideram que “a web 2.0 deve ser vista como uma configuração a três vértices: tecnologia, comunidade e negócio”, nesta perspectiva a Internet contribuirá para o enriquecimento da experiência dos internautas. Isto porque, a tecnologia aliada aos restantes vértices permitirá que os indivíduos aperfeiçoem as interacções com a comunidade on-line e tirem daí grande partido, nomeadamente no que diz respeito à troca de informações. Por outro lado a tecnologia e o seu constante desenvolvimento permite ainda explorar na Internet a vertente relacionada com os negócios. Os indivíduos e as empresas podem realizar, através da web, um vasto conjunto de trocas comerciais, de transacções financeiras e fortalecer os seus contactos quer com os colaboradores, quer com o público. É necessário salientar, que o desenvolvimento da Web 2.0 não é exclusivamente tecnológico, como muitos pensarão, mas tem uma complexa componente social. Assim sendo poder-se-á afirmar que a Web 2.0 não cria colaborações entre as pessoas, mas facilita o intercâmbio e a interacção entre os indivíduos.
A Web 2.0 promove valores de entreajuda, cooperação e trabalho de equipa, pois só desta forma se podem construir comunidades interactivas através de melhores, mais simples e enriquecidos canais de comunicação. A interactividade promovida pela Web 2.0 permitirá “construir um cérebro digital planetário” (Romaní Cristobal, Planeta Web 2.0) tendo sempre presente que a união das inteligências planetárias é importante na medida que enriquece as inteligências individuais.
A exponencial quantidade de informação que circula em rede cria a necessidade de criação de ferramentas orientadas para uma melhor busca e organização da informação.
As vantagens da web 2.0 apresentadas ao longo do texto são incontornáveis, no entanto muitos especialistas criticam este novo conceito, pois consideram que as desvantagens por ele introduzidas são extremamente prejudiciais para a Internet e para as comunidades. Dos inconvenientes que a nova plataforma web apresenta, destacam-se os seguintes:
- O aparecimento de novas tecnologias ligadas à Web 2.0 provoca comparações desonestas e interesses por parte das empresas, que procuram impedir a todo o custo que a concorrência, com tecnologias mais económicas e eficientes, se apodere do mercado.
- A evolução da tecnologia e do software ligados à Web 2.0 promove uma marginalização socio-económica dos indivíduos que não têm capacidade para se adaptar e aprender as Novas aplicações.
- Amadores e charlatães podem com grande facilidade promover uma escrita colaborativa, contribuindo para a disseminação de informações falaciosas.
- Os jovens que tem uma alfabetização digital, predominantemente dos países desenvolvidos, constituem audiências voláteis, sem respeito pelos direitos de autor e sem permeabilidade para receber publicidade intrusiva
- Por outro lado os jovens, geralmente dos países em desenvolvimento, que não têm acesso às novas tecnologias da web sofrem de “infoexclusão”
- A existência de uma exponencial quantidade de informação on-line, sem qualidade e de pouca confiança, faz com que os internautas acabem por não estar informados, devido à dificuldade de seleccionar as informações pertinentes e importantes.
A evolução da web 2.0 só agora teve início, por esse motivo os estudos realizados os mapas de interacções apresentados por muitos autores rapidamente podem ficar desactualizados, visto a web ser um meio volátil, as aplicações digitais e as interacções estabelecidas pelos utilizadores alteram-se permanentemente.
terça-feira, 11 de março de 2008
Google Reader
Este interface torna a navegação na Web mais fácil e divertida, contribuindo para uma maior eficiência na sua utilização.
O Google Reader funciona em qualquer lugar, gratuitamente, sem que seja necessário instalar qualquer tipo de software.
* Feeds (RSS) – listas de actualizações de conteúdos de um determinado site e/ou blog. Os utilizadores do Google Reader estão, permanentemente, actualizados sobre as publicaçõs dos sites ou blogs que pretendem lendo-as, imediatamente, sem ter de os visitar.